Pesquisadores da China e dos EUA fizeram uma descoberta que pode aumentar em muito a capacidade e performance de novas baterias. A nova tecnologia é tão poderosa, que segundo os pesquisadores, pode multiplicar a capacidade das baterias em até quatro vezes, usando materiais que permitem com que elas percam a capacidade de carga de forma muito menos acelerada. Isso não significa que teremos baterias que duram três dias sem uma única carga, mas que poderão, sob uso normal, ficar por anos sem a necessidade de ser substituída ou “viciar”. De forma curiosa, os pesquisadores, Chang’an Wang da Universidade de Tsinghua, em Pequim, e Li Ju, do Massachusetts Institute of Technology, descobriram o potencial dessa nova tecnologia por acidente, enquanto estudavam formas de remover camadas oxidadas de algumas nanopartículas de alumínio. Durante o estudo, os cientistas descobriram que é possível protegê-las aplicando uma camada do condutor Óxido de Titânio, que substituiria o grafite em baterias convencionais de Íons de Lítio. O grafite, componente do anodo (pólo negativo) das baterias, se contrai e expande à medida em que ela é carregada e descarregada, o que, com o tempo, provoca uma perda da capacidade de manter a carga, ou seja, a bateria “vicia”. Os pesquisadores construíram baterias usando a nova tecnologia e constataram que, após 500 ciclos de carga, elas apresentavam capacidade de carga quatro vezes maiores que as convencionais, submetidas à mesma carga de testes. Mesmo com a descoberta, a divulgação ainda não menciona a produção para o consumidor final, nem mesmo na tecnologia necessária para produção em larga escala. Ainda sim, é esperado que em breve grandes industrias comecem a se apropriar do projeto, que teria utilidade não só para smartphones, mas também para aplicações industriais e até de carros elétricos.