O Uber, aplicativo que oferece uma espécie de serviço de táxi de luxo – conceito já bem difundido em cidades como Nova York – tem levantado certa polêmica nas últimas semanas quanto à legalidade e segurança do mesmo, mas o que é o Uber? É seguro? É legal?

O que é o Uber?
Assim como táxis convencionais, os carros do Uber também levam o passageiro do ponto A ao B, mas com um grande diferencial: o conforto. Os veículos são todos sedãs de luxo, como BMWs, Audis, Mercedes, Fusions e afins; sempre pretos, com bancos de couro e ar condicionado. Os motoristas estão sempre vestidos com trajes sociais, seguem um rigoroso código de conduta e educação e procuram deixar o ambiente o mais agradável possível ao passageiro, regulando a temperatura do ar condicionado ao gosto do freguês, oferecendo água mineral, e não raramente oferecendo pequenas guloseimas e dando espaço para que o passageiro escolha ou coloque uma música de seu celular no sistema de som do carro.
Existe ainda o Uber X (por enquanto no Brasil, apenas em São Paulo). O Uber X segue a mesma filosofia de deixar o passageiro o mais confortável possível, mas tem uma frota um pouco menos luxuosa, mesmo que ainda de um nível “superior”, logo, um pouco mais barato.
Outros diferenciais são a tarifa única, ou seja, não existir “bandeira 2”, estimativa de preço no aplicativo antes da chamada, pagamento automático com cartão de crédito, sem a necessidade de sequer levar a carteira, e ainda ser utilizado sem necessidade de quaisquer ajustes em viagens e outras cidades que possuam o serviço. São pequenos mimos que fazem toda a diferença na hora de escolher como chegar ao seu destino.
Por enquanto, o serviço está disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, com planos para expansão para outras capitais ainda esse ano.

E o preço?
Por incrível que pareça, uma corrida de Uber não sai muito mais caro que um taxi convencional. Ao contrário, dependendo do trajeto e do horário pode chegar a sair mais barato ainda.
A cobrança segue a fórmula R$5 + R$0,40 por minuto + R$2,42 por km, “arredondado” para baixo e a um mínimo de R$10. Veja alguns exemplos:

São Paulo: de Av. Brigadeiro Faria Lima até Aeroporto de Guarulhos
Táxi comum (bandeira 1): R$145,50 (Já inclusa a taxa de 50%)
Táxi comum (bandeira 2): R$185,00 (Já inclusa a taxa de 50%)
Uber: R$95,00 a R$126
Uber X: R$63 a R$85

Rio de Janeiro: do Leblon até Igreja da Candelária:
Táxi (bandeira 1): R$35,30
Táxi (bandeira 2): R$41,00
Uber: R$38 a R$45

Belo Horizonte: Praça sete até Aeroporto de Confins
Táxi (bandeira 1): R$120,00
Táxi (bandeira 2):R$142,50
Uber: R$R$93 a R$123

UFMG até BH Shopping:
Táxi (bandeira 1): R$51,60
Táxi (bandeira 2):R$60,63
Uber: R$45 a R$59

É seguro?
Em poucas palavras, sim. Antes mesmo do carro chegar, o passageiro já sabe quem é o motorista, o carro e tem acesso às avaliações de outros passageiros. Durante a corrida, os carros são monitorados para que não ultrapassem certa velocidade e que seja evitada a direção agressiva. Todos os condutores seguem uma rigorosa análise, onde que são consultados o histórico criminal, analisados os documentos do carro e do motorista, que é obrigado a ter seguro para o passageiro e para terceiros, tudo isso antes de se filiar e durante o tempo em que estão filiados.

É legal?
O Uber se encontra em uma “brecha” da lei, ou seja, a lei brasileira não condena nem regulamenta esse tipo de serviço, apesar de, às vezes, ser confundido com serviço de taxi e gerando multa para o motorista.
Apesar da polêmica no Brasil e no mundo envolvendo a legalidade ou não do serviço, ainda é possível utilizá-lo sem quaisquer problemas por aqui, principalmente como passageiro. No momento, a empresa batalha na justiça para ter a legalidade reconhecida de fato pela lei brasileira.