A Apple anunciou ontem, em um evento especial, uma série de novidades em sua linha de produtos, incluindo novos iPhones, iPads, Apple Watches e mais. Veja o que foi anunciado.
Apple Watch A companhia abriu o evento falando justamente do produto mais novo de seu catálogo. O Apple Watch, lançado em abril desse ano nos EUA, tem sido um grande sucesso de mercado por lá, e deve ser lançado no Brasil ainda em 2015. Quanto às novidades, não serão mais do que estéticas: novas cores, “Rose Gold” (rosa) e dourado, na versão comum. 11 novas cores de pulseiras de silicone, algumas mais chamativas, outras mais discretas, também foram acrescentadas ao catálogo. A Apple ainda anunciou uma parceria com a Hermès Paris – uma grife de produtos de luxo, como bolsas e relógios – para lançar o Apple Watch Hermès, uma versão do Watch padrão, mas com pulseiras feitas à mão pelos artesãos da companhia francesa e watchfaces exclusivas, semelhantes aos relógios da grife. A versão será vendida em preços a partir de US$1100.
iPads Provavelmente a maior atração (nos dois sentidos) do keynote, foi o novo iPad Pro. Como os rumores já previam, a Gigante de Cupertino anunciou uma versão de 12.9 polegadas do tablet mais popular do mercado, visando atingir profissionais de várias áreas e usuários de um novo nicho que procuram as funcionalidades e a potência de um notebook em um aparelho versátil como um tablet. A nova tela retina de 12.9 polegadas é a maior que a empresa já colocou em um tablet, com uma resolução de 2732×2048 pixels (264 ppi). A escolha do tamanho não foi aleatória: a largura do display do iPad Pro é exatamente igual à altura do iPad Air 2, tanto em pixels quanto em tamanho físico, o que permite que o multitasking do iOS 9 funcione com o maior app sendo uma versão de tela cheia dos iPads comuns, poupando trabalho e tempo dos desenvolvedores.
O vidro ainda possui uma camada anti-refletiva, para evitar que a luz externa atrapalhe a visualização do trabalho. Não se engane pensando que o iPad Pro é só um iPad com tela maior. Devido ao seu tamanho, uma série de novas funcionalidades puderam ser implementadas.
Por dentro, um novo chip A9X, com performance quase duas vezes melhor que a do A8X – processador do iPad Air. Sua capacidade gráfica também é duas vezes melhor que seu predecessor, atingindo “níveis de console”. Pessoalmente, quero realmente ver do que esse novo aparelho é capaz tratando-se de jogos. Para o som, quatro auto-falantes, posicionados dois de cada lado, permitem um som três vezes mais alto que os outros iPads, e serão equalizados e balanceados de acordo com a forma com que o usuário o segura. Esperamos que os funkeiros de ônibus não descubram essa novidade.
Uma nova entrada na lateral, chamada de “Smart Connector”, permite a entrada e saída de energia e dados, logo que uma série de novos acessórios sejam usados. Um exemplo disso é o novo Smart Keyboard, um teclado físico, que tem o layout semelhante aos demais teclados físicos da Apple, mas mais fino e de tecido, se encaixando no iPad Pro como uma Smart Cover. Uma caneta stylus oficial para iPads também (finalmente) foi anunciada. Chamada de Apple Pencil, a Stylus terá a capacidade de se comunicar com o aparelho, passando informações como a força aplicada e a inclinação da caneta, permitindo que os desenhos e anotações sejam feitas de forma mais natural e rápida possível. A responsividade do iPad Pro à nova caneta é incrivelmente rápida, e ela ainda pode ser recarregada diretamente à porta lightning do tablet. Tudo isso mantendo as mesmas 10h de bateria das outras versões, em um corpo de 6,9mm de espessura, apenas 0,8mm mais grosso que o Air. O peso, no entanto, chega a ser praticamente igual ao do primeiro iPad, e mais de 60% maior que o do Air 2.
Os preços variam entre US$799, pela versão de 32GB Wi-Fi, a US$1079, pela versão de 128GB WiFi + 4G, e estará disponível no mês de novembro.
A Maçã ainda deu um pequeno espaço para a apresentação do novo iPad Mini 4. O novo modelo, esteticamente, é 18% mais fino que o iPad Mini 3, e com as configurações de hardware idênticas ao do iPad Air 2, sem mudanças de preço em relação ao Mini 3, e já disponível na loja online da Apple.
Apple TV
Parece que a Apple decidiu ressuscitar um antigo “hobby”. A Apple TV, que já sofreu diversas modificações ao longo do tempo, apresenta a sua versão mais avançada. Para aqueles que não conhecem, a Apple TV (até agora) é uma estação multimídia, relativamente barata, que permite streaming de áudio e vídeo direto de aparelhos iOS ou MACs para a TV, além de alguns canais de televisão, Apple Movies e Netflix.
A nova versão é um recondicionamento completo da antiga Apple TV. Para começo de conversa, o novo sistema operacional, tvOS, é baseado no iOS, e, atendendo a antigos clamores da comunidade de desenvolvedores, agora também é aberto para aplicativos de terceiros, logo, terá também sua própria App Store. O tvOS, assim como todos os outros sistemas operacionais da Apple (com excessão do OS X), também possui a Siri. No novo sistema, a Siri terá papéis próprios da Apple TV, como recomendar filmes e séries, procurar programações para situações específicas e realizar comandos dentro de reproduções, como passar, voltar, repetir certas falas ou pular certas partes.
O novo controle é, sem dúvidas, a maior inovação da Apple TV. O antigo modelo, com botões direcionais, um botão “MENU”, e um play/pause, foi substituído por um novo controle sem direcionais, mas muito mais completo. A versão inclui um sensor de toque, semelhante a uma trackpad, novos botões, sensores de movimento e o mais interessante: dois microfones, para controle da Siri. Assim, o uso do aparelho ficou muito mais intuitivo, além de eliminar uma série de menus, que foram substituídos pela superfície de toque. Controles de terceiros agora também são suportados. Alguns jogos agora também estão disponíveis para a Apple TV, em geral, usando os sensores de movimento no controle e o trackpad. A nova versão estará disponível juntamente com a versão antiga, saindo a partir de US$149 (mais que o dobro da antiga, a US$69), e ainda não tem data oficial para lançamento.
iPhones 6S e 6S Plus Como já era de se esperar, a Apple renovou sua linha de smartphones, com os novos iPhones 6S e 6S Plus, substituindo os antigos 6 e 6 Plus. Os novos modelos, por fora, se parecem muito com os antigos, mas são levemente mais espessos (0,2mm), mais altos (0,2mm e 0,1mm, S e S Plus, respectivamente), mais largos (0,1mm) e cerca de 20g mais pesados; isso devido aos novos sistemas de toque. Os avisos e advertências na parte traseira ficaram mais “limpos”, e o logo “S” aparece logo abaixo do escrito “iPhone”. Assim como no Apple Watch, os novos iPhones também estão disponíveis na cor Rose Gold. Por fim, a empresa optou por utilizar o alumínio série 7000, o mesmo dos Apple Watches, conferindo mais força aos novos modelos.
Já por dentro, o assunto é um pouco diferente. Os iPhones 6S e 6S Plus vêm equipados com os novos chips A9, com o coprocessador de movimento M9 acoplado, o que deixa o sistema 70% mais rápido e os gráficos 90% mais rápidos em relação ao A8. Um novo sensor Touch ID de 2a geração permite a leitura de digitais e o desbloqueio até duas vezes mais rápido. Os displays, apesar de apresentarem exatamente os mesmos tamanhos e resoluções, agora contam também com o 3D Touch (por favor, caro leitor, não confunda, não é uma tela 3D). O 3D Touch é a aplicação no iPhone do Force Touch, tecnologia já existente no Apple Watch e nos MacBooks Pro desde o final do ano passado, que consegue diferenciar um toque leve de um outro mais pesado, atribuindo diferentes funções a cada um. No caso dos smartphones, com um toque pesado no aplicativo do telefone, por exemplo, abre um pequeno pop-up com alguns números favoritos. Alternar entre programas também ficou mais fácil, bastando um toque forte na lateral esquerda do aparelho.
A verdadeira “cereja do bolo”, no entanto, são as novas câmeras. Um novo sensor traseiro de 12MP substituiu os antigos, de 8MP, mas sem nenhum aumento de ruído (o que é comum quando se aumenta a resolução sem aumentar o tamanho do sensor), sendo capaz de, pela primeira vez, gravar vídeos em resolução 4K e em Slow Motion a 1080p. A câmera frontal também ganhou um belo upgrade, de 1,2MP para 5MP, ainda com a possibilidade de usar a tela como flash. Infelizmente, a câmera traseira ainda não é capaz de gravar vídeos em 1080p, ficando apenas com os mesmos 720p dos antigos modelos.
Os iPhones 6S e 6S Plus terão os mesmos preços e capacidades da versão antiga, a partir de US$199 e US$299, respectivamente; têm sua pré-venda iniciada em 12 de setembro e seu lançamento marcado para o dia 25 de setembro. Os antigos iPhones 6 e 6 Plus continuam à venda, mas perderam a cor dourada e a versão de 128GB, com uma redução de preço.
O iPhone 5S também continua à venda, mas, assim como o 6, sem a cor dourada, e apenas nas capacidades 16GB e 32GB, com um belo desconto. Programa de Upgrade de iPhones Junto com as novas versões do iPhone, a Apple lançou também um serviço para aqueles que gostam de sempre ter os modelos mais novos. O Programa de Upgrades de iPhones consiste no pagamento de uma taxa mensal, que varia de US$27,45 a US$47,47, – dependendo do modelo do aparelho escolhido – e garante um iPhone novo todo ano. Com isso, a empresa consegue fidelizar clientes, ao deixar mais fácil e barato para aqueles que sempre compram os novos aparelhos e pretendem continuar assim. O serviço, por enquanto, está disponível apenas nos EUA, e ainda não há previsão de disponibilidade por aqui, tendo em vista a pouca presença oficial da Apple no Brasil.